se formos atentos ao que nos apresenta na parte final da nossa ritualística quando o Venerável
Mestre nos pergunta ao Orad.:, ao Ir.: 1°Vig.: e ao 2° Vig.: quais as principais qualidades e deveres de um bom Maçom podemos ter uma resposta mais que adequada.
“Orad.: Ter capacidade civil, moral ilibada, sentimento cívico, compreender os fins maçônicos e querer executa-los”
“1° Vig.: Cultivar a harmonia..........Intensificar o conhecimento da liturgia, filosofia, simbologia, história e legislação maçônica.............Frequentar as sessões da oficina e cumprir os deveres impostos......”
2° Vig.: “........um Maçom deve ser educado, ativo, estudioso, verdadeiro e firme, e possuir espírito público.”
“O conceito de vida varia de pessoa para pessoa, dependendo da maior ou menor cultura, moral, crença religiosa, ou mesmo de interesses dignos e ou não dignos. Por essa razão, surgem desentendimentos quase que gerais na humanidade, com o predomínio da incompreensão gerada pela ignorância.”Grifo meu. Pag. n° 121.
Todo profano, no momento que adentra aos templos da nossa Ordem, visando a sua Iniciação está dando o primeiro passo em direção a LUZ ingressando em uma Ordem onde os valores principais são uma nova filosofia de vida baseada na verdade, liberdade, lealdade, fraternidade, tolerância, igualdade, caridade, honradez, fé no S.: A.: D.: U.: mas com uma visão progressista e evolucionista.
Este profano ou neófito somente terá sucesso na busca desta LUZ através dos estudos da História, Religião, Filosofia, Simbolismo Esoterismo, Liturgia, Rituais, etc visando encontrar dentro de si ferramentas e vontades para o seu crescimento espiritual através do desbaste da sua pedra bruta.
“...todo Maçom estudioso é um “filósofo” em perspectiva, em busca de uma aproximação com a verdade universal, para mais se aproximar da PERFEIÇÃO, visando atingir um mundo melhor e mais feliz, que consiste chegar à paz universal.”Grifo meu Pag. n° 121
Nesta nossa batalha diária na busca da luz e da perfeição, alegoricamente desbastando a nossa pedra bruta lasca por lasca, visando transformá-la em uma pedra cúbica, para usarmos na construção de nosso Templo Ideal Interno, temos de sempre observarmos se no nosso dia a dia no “mundo profano” estamos usando os Princípios Básicos ou Filosofia Maçônica como norteador das nossas atitudes, procedimentos, decisões, julgamentos, etc.
Pois, um verdadeiro Maçom tem de destruir suas paixões inferiores e os seus vícios, sejam eles quais forem, deixando sempre seu coração e mente sintonizados com o BEM, por este ser mais digno e correto usando sempre como parâmetro incondicional a TOLERÂNCIA para com menos dotados de moral, cultura, liberdades e que erram e causam danos de varias espécies, demonstrando e ensinando a estes através do fraterno amor que o S.: A.: D.: U.: o caminho da LUZ, baseado na verdade, liberdade, lealdade, fraternidade, tolerância, igualdade, caridade, honradez.
“...ser maçom é não ser contemplativo, mas um virtuoso em seus esforços, visando seu aprimoramento moral e espiritual, homem de justiça que enxerga seus semelhantes pelo prisma da igualdade e usa da fraternidade que impulsiona a agir pelo bem comum, sem discriminações, não olhando nacionalidade, bem como condição social, convicção religiosa, compleição física e cor, só vendo como seu semelhante e filho do mesmo Criador, pois como amor no coração não vê nem defeitos alheiros, dando a todos os carentes um socorro ou apoio para a reabilitação.” Grifo meu Pag. n° 175
A grande pergunta está nas duas expressões “estar Maçom” e “Ser Maçom”.
Como afirma o Ir.: Danger Travassos Guimarães com muita simplicidade e coerência, “Ser Maçom significa aquele que, embora cole muitos Graus, se paramente da melhor forma ao seu alcance, com traje maçônico, Avental, Punhos, Colares, Medalhas, se identifivar por TT.: PP.: e SS.:, etc mas sem um conteúdo, esquecendo que “ser Maçom” não é apenas se apresentar dessa forma, porém, estar com o espírito mais preparado, mais evoluído numa demonstração de haver assimilado os ensinamentos que lhe custaram dias, meses e anos a fio, deixando o convívio com sua família para semanalmente, dedicar duas horas às Sessões e muitas horas de estudos e pesquisas. Isso é o que fazem os esforçados de boa vontade, lutando contra sua própria ignorância, lapidando seu espírito, combatendo possíveis vícios e paixões inferiores que por ventura os tenha. Abrindo guerra dentro de si, em serrado combate contra os inimigos abstratos que sempre se refugiam em nosso âmago: orgulho, despeito, ostentação, ódio, egoísmo, soberba, arrogância; presunção; vaidade etc., para se tornar tolerante, humilde, compreensivo, afável, desprendido das coisas materiais por estas só têm valor relativo...” Grifo meu Pag. n° 107.
Muitos Maçons se entregam ao comodismo, à mesmice, à obrigatoriedade e estar aqui, à apatia sem responsabilidade e disciplina necessária em relação as seus juramentos e cumprimento de obrigações previstas, ocasionando quase sempre o não atendimento ao aprimoramento da sua pedra bruta, ficando sem o devido preparo, o que reflete na Loja e consequentemente na Ordem, esmorecendo a beleza, a força e a sabedoria cristalina espiritual e sua magnitude na apresentação do nosso ritual.
O Ir.: Marcelo Linhares em seu livro “A Historia da Maçonaria”, esclarece que “para ser Maçom, um dos requisitos é ser um homem sério em suas atividades públicas e particulares.”
A grande pergunta é: Estamos sendo este HOMEM aqui e na vida profana?
A Maçonaria nos fornece através da sua filosofia a direção da LUZ como os valores principais já ditos acima baseados na verdade, liberdade, lealdade, fraternidade, tolerância, igualdade, honradez, caridade, humildade, fé no S.: A.: D.: U.: mas cabe a cada obreiro ir ou não na direção desta Luz.
Como afirma o Ir.: Danger Travassos Guimarães, “A Maçonaria prepara seus obreiros, não para a ostentações, mas para seu polimento espiritual”.
Uma passagem do L.: L.: visando maior pensamento e aprimoramento.
Na Epístola aos Romanos o Apostolo Paulo no Cap. 13: v.8 nos diz: “A ninguém deveis coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei.” Esta sim é a lei do amor.
Inspirado e baseado no Livro do Ir.: Danger Travassos Guimarães “Maçonaria Simbólica e Filosofia de Vida”.
Flávio L. Greco S.
Oriente de Divinópolis - MG